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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Pais subestimam a experiência sexual de suas “crianças”


Um levantamento anual mostrou que houve mais de 400 mil casos de gravidez com adolescentes americanos de 15 a 19 anos, e mais de seis mil entre 10 e 14 anos. Ainda assim, um projeto de pesquisa da Universidade da Carolina do Norte (EUA) mostrou que os pais não acham que seus filhos adolescentes já tenham relações sexuais.
Baseado em entrevistas sobre a vida familiar e relações entre pais e filhos, o estudo mostrou que os americanos, em geral, consideram seus filhos imaturos, ingênuos em assuntos ligados ao sexo. Eles chegaram à conclusão que existe uma dificuldade para os pais assimilarem as mudanças da puberdade. O fato de os filhos ainda serem tratados como crianças, em alguns casos, dificulta um diálogo aberto.

Por outro lado, os pais entrevistados afirmaram ter medo do “mundo lá fora” que envolve os jovens. A pesquisa descobriu que eles acreditam que os adolescentes da mesma idade já têm experiências e pensamentos libidinosos, e são uma influência perigosa para suas crianças.
Os depoimentos mostraram que falta, dentro das famílias, discussão sobre métodos contraceptivos, o que implica no alto índice de meninas grávidas. Uma das entrevistadas afirmou que não falou sobre contracepção com seu filho, mesmo depois que o garoto, de 16 anos, lhe contou que achava que a namorada estava grávida. “Ele é um garoto bom, só se envolveu demais e perdeu a cabeça”, disse ela.
Na opinião dela (que refletiu o pensamento da maior parte dos entrevistados), os pais só devem tratar destes assuntos com os filhos depois de terminado o colégio, quando atingem a maioridade. Mais um motivo para a gravidez precoce, já que os números mostram que deve haver diálogo antes dessa idade. Como diria o sábio ditado, é melhor prevenir do que remediar.

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