Enquanto você lê este texto, muito provavelmente alguma empresa já está desenvolvendo uma supermáquina ainda mais avançada. E, ironicamente, o computador mais rápido do mundo ainda está em construção.
É o Sequoia, da IBM, com seus 20 petaflops (ou 20 quatrilhões de cálculos por segundo) de velocidade.
O “brinquedinho” foi desenvolvido dentro dos laboratório do centro Blue Gene, da IBM, em Rochester, Minnesota, para o Departamento de Energia dos EUA.
Sua função será controlar a matriz energética do país, trabalhar em pesquisas de tecnologia nuclear, astronomia, genoma humano e mudanças climáticas, com alto poder de precisão.
O sistema conterá mais de 1.6 milhão de microprocessadores de 16 núcleos de 45 nanômetros e 1,6 Petabytes de memória RAM, colocados em uma série de 96 racks, numa área de 318 m² do Laboratório Nacional de Lawrence Livermore e usará cerca de 6 megawatts de energia por ano — o mesmo gasto em 500 residências americanas no mesmo período.
Com previsão de entrega para o início de 2012, o Sequoia não trabalhará sozinho. Junto com ele, o Dawn, um outro supercomputador, mas com capacidade de “apenas” 500 teraflops (500 trilhões de cálculos por segundo), vai atuar como sistema de entrega para as operações. O conjunto está estimado em cerca de US$ 100 milhões.
2º Mais rápido
Pesquisadores chineses criaram um supercomputador considerado o segundo mais rápido do mundo, superando os sistemas japonês e europeu e situando um compromisso da China de estar na vanguarda da ciência e da tecnologia.
O Dawning Nebulae, montado no Centro Nacional de Supercomputação, na cidade de Shenzhen, atinge uma velocidade de 1.27 petaflops – o equivalente a mil trilhões de operações matemáticas por segundo, de acordo com o último ranking dos 500 computadores mais rápidos, divulgado nesta segunda-feira pela Conferência Internacional sobre Supercomputação, em Hamburgo, na Alemanha.
Usa chips da Intel e Nvidia.
Supercomputadores são usado em pesquisas científicas e de engenharia para problemas diversos como simulações climáticas e design automotivo. Foram criados nos anos 60 nos Estados Unidos, país que ainda investe agressivamente em sistemas de computação super-rápidos.
A máquina chinesa, segundo o jornal The New York Times, é atualmente considerada teoricamente a mais rápida quando atinge o pico da performance, mas menos significante em testes padrões médios de velocidade.
O supercomputador mais rápido ainda é o Cray Jaguar, baseado no Laboratório Nacional Oak Ridge, no Estado americano do Tennessee. Em novembro de 2009, atingiu 1.75 petaflops.
Os Estados Unidos dominam a área de supercomputadores e são o país com mais máquinas – 282 – entre as 500 mais rápidas. Em novembro, quando foi feito o outro ranking, eram 277. No entanto, o país vem sendo rapidamente desafiado pela China, que pretende apresentar ainda este ano o supercomputador mais rápido do mundo, construído apenas com componentes chineses.
Super PCs
Se você ficou tentado com o Sequoia, mas não tem 100 milhões de Obamas para gastar, existem alternativas mais econômicas, como o Projeto Artemis, da Patriot, apresentado na CeBIT deste ano, que custa US$ 60 mil.
Com 2 processadores Intel Quad Core Xeon 5550, 48GB de memória RAM a 1.333MHz e 10TB de armazenamento (40 unidades SSD de 256GB), este PC do Seu Lunga é capaz de fazer 155.000 operações por segundo — ou duplicar um arquivo de Blu-Rayem 0,9 segundo.
Outra opção é o Tesla, da NVIDIA, lançado no final de 2008 em Londres. O supercomputador, que recebe o nome do famoso cientista austríaco Nikola Tesla,promete ser 250 vezes mais rápido que um computador pessoal comum, mas custando apenas £8 mil.
O diferencial do Tesla é a placa gráfica de mesmo nome, baseada na arquitetura revolucionária NVIDIA Cuda de processamento paralelo, que direciona para a GPU operações mais pesadas, que normalmente seriam feitas pela CPU, aumentando assim o desempenho geral da máquina. A configuração conta com nada menos que 960 núcleos de processamento gráfico, capazes de atingir uma velocidade de cálculo superior a 3500 teraflops.
Segundo o jornal britânico Telegraph, esta máquina pode revolucionar pesquisas médicas e científicas. Estudantes de doutorado nas universidades de Cambridge e Oxford, na Inglaterra, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, já estão usando supercomputadores pessoais para pesquisas.
Fonte: Terra
