Escândalos de abuso sexual na Igreja Católica Romana, são a prova de que "o diabo está em ação dentro do Vaticano", segundo o exorcista chefe da Santa Sé.
O padre Gabriele Amorth, 85, que foi exorcista chefe do Vaticano por 25 anos diz que lidou com 70.000 casos de possessão demoníaca, e que as consequências da infiltração satânica, inclui lutas pelo poder no Vaticano, bem como "cardeais que não acreditam em Jesus, e bispos que estão ligados ao Demônio ".
Ele acrescentou:" Quando se fala da "fumaça de Satanás" [uma frase cunhada pelo Papa Paulo VI, em 1972] nos recintos sagrados, é tudo verdade - incluindo as mais recentes histórias de violência e pedofilia."
Ele alega que um outro exemplo do comportamento satânico foi o "encobrimento" pelo Vaticano da morte, em 1998, de Alois Estermann, então comandante da Guarda Suíça, sua esposa e do soldado Cedric Tornay, também da Guarda Suíça, encontrados mortos a tiros.
"Eles encobriram tudo imediatamente", disse ele. "Aqui se vê a podridão". Um inquérito extraordinariamente rápido feito pelo Vaticano concluiu que o soldado Tornay tinha disparado no comandante e sua esposa, e virou a arma contra si mesmo, depois de ser preterido para uma medalha.
No entanto, parentes de Tornay questionam isso. Houve relatos não confirmados de um fundo homossexual para a tragédia e o envolvimento de uma quarta pessoa que nunca foi identificada.
O padre Amorth, que acaba de publicar Memórias de um exorcista, uma série de entrevistas com o jornalista Marco Tosatti no Vaticano, disse que o atentado contra a vida do Papa João Paulo II, em 1981, foi obra do diabo, assim como um incidente no natal passado, quando uma mulher mentalmente perturbada se atirou no Papa Bento XVI, no início da Missa do Galo, puxando-o para o chão.
O padre José Antonio Fortea Cucurull, um exorcista espanhol que mora em Roma, disse que o padre Amorth "tinha ido bem além da evidência" ao alegar que Satanás havia se infiltrado nos corredores do Vaticano.
"Cardeais podem ser melhores ou piores, mas todos têm intenções elevadas e buscam a glória de Deus", disse ele. Alguns funcionários do Vaticano são mais devotos do que outros, "mas daí afirmar que alguns cardeais são membros de seitas satânicas é uma distância inaceitável."
O padre Amorth disse ao jornal La Repubblica que o diabo era "puro espírito, invisível. Mas ele se manifesta com blasfêmias e aflições na pessoa que ele possui".
"Ele pode ficar escondido, ou falar em línguas diferentes, transformar-se ou parecer ser agradável. Às vezes, ele brinca comigo."
Ele disse que, por vezes, precisou de seis ou sete de seus assistentes para realizar um exorcismo em uma pessoa possuída. Os possuídos muitas vezes gritam, e cospem pregos ou pedaços de vidro, que ele guarda em um saco.
"Qualquer coisa pode sair de suas bocas - pedaços de ferro do comprimento de um dedo, mas também pétalas de rosa." Ele disse que espera que todas as dioceses acabem por ter um exorcista residente.
Nos termos do Direito Canônico da Igreja qualquer padre pode realizar o exorcismo, mas na prática eles são levados a cabo por uns poucos escolhidos, treinados nos ritos. Padre Amorth foi ordenado sacerdote em 1954 e tornou-se um exorcista oficial em 1986.
No passado, ele sugeriu que Adolf Hitler e Joseph Stalin estavam possuídos pelo demônio. Ele estava entre os funcionários do Vaticano que advertiram que os livros de Harry Potter de JK Rowling, faziam uma falsa distinção "entre magia negra e branca".
Ele aprova, no entanto, o filme O Exorcista de 1973, que apesar de "exagerado" ofereceu uma imagem "substancialmente exata" da possessão.
Em 2001, opôs-se à introdução de uma nova versão do ritual de exorcismo, reclamando que derrubava séculos de orações e era "uma espada sem corte" sobre os exorcistas, que não poderiam consultá-lo.
O Vaticano disse mais tarde que ele e outros exorcistas poderiam continuar usando o antigo ritual. Ele é atualmente o presidente de honra da Associação dos Exorcistas.
O padre Gabriele Amorth, 85, que foi exorcista chefe do Vaticano por 25 anos diz que lidou com 70.000 casos de possessão demoníaca, e que as consequências da infiltração satânica, inclui lutas pelo poder no Vaticano, bem como "cardeais que não acreditam em Jesus, e bispos que estão ligados ao Demônio ".
Ele acrescentou:" Quando se fala da "fumaça de Satanás" [uma frase cunhada pelo Papa Paulo VI, em 1972] nos recintos sagrados, é tudo verdade - incluindo as mais recentes histórias de violência e pedofilia."
Ele alega que um outro exemplo do comportamento satânico foi o "encobrimento" pelo Vaticano da morte, em 1998, de Alois Estermann, então comandante da Guarda Suíça, sua esposa e do soldado Cedric Tornay, também da Guarda Suíça, encontrados mortos a tiros.
"Eles encobriram tudo imediatamente", disse ele. "Aqui se vê a podridão". Um inquérito extraordinariamente rápido feito pelo Vaticano concluiu que o soldado Tornay tinha disparado no comandante e sua esposa, e virou a arma contra si mesmo, depois de ser preterido para uma medalha.
No entanto, parentes de Tornay questionam isso. Houve relatos não confirmados de um fundo homossexual para a tragédia e o envolvimento de uma quarta pessoa que nunca foi identificada.
O padre Amorth, que acaba de publicar Memórias de um exorcista, uma série de entrevistas com o jornalista Marco Tosatti no Vaticano, disse que o atentado contra a vida do Papa João Paulo II, em 1981, foi obra do diabo, assim como um incidente no natal passado, quando uma mulher mentalmente perturbada se atirou no Papa Bento XVI, no início da Missa do Galo, puxando-o para o chão.
O padre José Antonio Fortea Cucurull, um exorcista espanhol que mora em Roma, disse que o padre Amorth "tinha ido bem além da evidência" ao alegar que Satanás havia se infiltrado nos corredores do Vaticano.
"Cardeais podem ser melhores ou piores, mas todos têm intenções elevadas e buscam a glória de Deus", disse ele. Alguns funcionários do Vaticano são mais devotos do que outros, "mas daí afirmar que alguns cardeais são membros de seitas satânicas é uma distância inaceitável."
O padre Amorth disse ao jornal La Repubblica que o diabo era "puro espírito, invisível. Mas ele se manifesta com blasfêmias e aflições na pessoa que ele possui".
"Ele pode ficar escondido, ou falar em línguas diferentes, transformar-se ou parecer ser agradável. Às vezes, ele brinca comigo."
Ele disse que, por vezes, precisou de seis ou sete de seus assistentes para realizar um exorcismo em uma pessoa possuída. Os possuídos muitas vezes gritam, e cospem pregos ou pedaços de vidro, que ele guarda em um saco.
"Qualquer coisa pode sair de suas bocas - pedaços de ferro do comprimento de um dedo, mas também pétalas de rosa." Ele disse que espera que todas as dioceses acabem por ter um exorcista residente.
Nos termos do Direito Canônico da Igreja qualquer padre pode realizar o exorcismo, mas na prática eles são levados a cabo por uns poucos escolhidos, treinados nos ritos. Padre Amorth foi ordenado sacerdote em 1954 e tornou-se um exorcista oficial em 1986.
No passado, ele sugeriu que Adolf Hitler e Joseph Stalin estavam possuídos pelo demônio. Ele estava entre os funcionários do Vaticano que advertiram que os livros de Harry Potter de JK Rowling, faziam uma falsa distinção "entre magia negra e branca".
Ele aprova, no entanto, o filme O Exorcista de 1973, que apesar de "exagerado" ofereceu uma imagem "substancialmente exata" da possessão.
Em 2001, opôs-se à introdução de uma nova versão do ritual de exorcismo, reclamando que derrubava séculos de orações e era "uma espada sem corte" sobre os exorcistas, que não poderiam consultá-lo.
O Vaticano disse mais tarde que ele e outros exorcistas poderiam continuar usando o antigo ritual. Ele é atualmente o presidente de honra da Associação dos Exorcistas.
Tradução: Carlos de Castro
Fonte: Times Online